domingo, 29 de abril de 2012

Baianos



Os fundadores da Umbanda são caboclo e preto-velho, que no astral fizeram escola, com o tempo se assentaram ao seu lado outros povos de trabalho, vemos hoje muito bem assentados dentro do contexto Umbandista as figuras do boiadeiro, marinheiro, baiano e cigano além das crianças, exú e pomba-gira.

Todos são excelentes trabalhadores e cada “grupo de trabalho” tem a sua maneira de atuar no astral. A linha de trabalho (povo a que pertence) e o nome que eles carregam representa respectivamente o grau e a força em que a entidade guia está assentada.

No caso os Baianos formam uma corrente de entidades que ao desencarnar, apesar da afinidade com o culto ao Orixá (muitos foram sacerdotes), não tinham o grau de preto-velho, estabeleceram uma egrégora de trabalhadores do astral que com o tempo reconhecida pela Umbanda passaram a ter a oportunidade do trabalho ativo e incorporante, acharam por bem batizar como linha dos Baianos como homenagem a origem dos primeiros formadores desta corrente e a Terra que tão bem acolheu o Orixá no Brasil.

São muito ativos, despachados e descontraidos. Bons orientadores e doutrinadores, tem facilidade em lidar com o desmanche dos trabalhos de kimbanda e magia negra. Usam colares de cocos e sementes. Tendo na sua forma de trabalhar muito das qualidades de Iansã, por serem movimentadores e irriquietos, combinam esta forma de trabalhar com sua natureza onde cada um se mostra regido por um Orixá diferente assim trazendo para a gira a força das sete linhas da Umbanda.

Suas oferendas podem ser feitas ao pé de um coqueiro ou no ponto de força do Orixá que rege o baiano a ser oferendado. Gostam de festas, comidas tipicas da Bahia e batida de côco.

Como comprimento dizemos simplesmente: “É da Bahia meu Pai... Salve a Bahia” ou simplesmente “Salve os baianos”.

Texto extraído do JUS – JORNAL DE UMBANDA SAGRADA

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